{"id":7510,"date":"2013-04-26T14:36:26","date_gmt":"2013-04-26T17:36:26","guid":{"rendered":"http:\/\/www.putzilla.net.br\/ptz\/?p=7510"},"modified":"2015-04-27T22:04:45","modified_gmt":"2015-04-28T01:04:45","slug":"mulheres-gamers-uma-historia-de-luta","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.putzilla.net.br\/mulheres-gamers-uma-historia-de-luta\/","title":{"rendered":"Mulheres Gamers: uma hist\u00f3ria de luta"},"content":{"rendered":"
– “Pega leve que ela \u00e9 menina”<\/em><\/p>\n
Algum babaca que voc\u00ea conheceu<\/strong><\/p>\n<\/blockquote>\n
E l\u00e1 vamos n\u00f3s para mais um daqueles assuntos que eu sinto estar malhando em ferro frio, achando que n\u00e3o adianta tentar fazer a galera se tocar, mas dia vai dia vem me incomoda cada vez mais. N\u00e3o t\u00f4 aqui pra falar sobre machismo ou feminismo, mas sim sobre o mau e velho preconceito e a dificuldade de aceitar o diferente. Vamos falar sobre garotas, jovens e mulheres que t\u00eam como passatempo os jogos e as experi\u00eancias que elas acabam tendo num ambiente que, pra quem ainda vive nas cavernas, parece continuar pertencendo ao mundo masculino.<\/p>\n
J\u00e1 \u00e9 um fato h\u00e1 longo tempo consumado: em cada servidor e em cada partida sendo disputada, a probabilidade de haver pelo menos uma mulher \u00e9 grande, muito grande. Ah, voc\u00ea n\u00e3o percebeu? Isso tem uma raz\u00e3o: muitas vezes elas acabam tendo que deixar o microfone desligado ou usar um nick neutro. Sim, muitas vezes elas s\u00e3o praticamente obrigadas a permanecer no anonimato, correndo o risco de ao serem identificadas como mulheres sofrerem com a torrente de preconceito. Entre o ass\u00e9dio moral das cantadas de um lado e os xingamentos de newbie\u00a0<\/em>do outro, as garotas t\u00eam tido que aguentar muita palha\u00e7ada online<\/em>.<\/p>\n
\n– “Quando eu conseguia alguma coisa, por m\u00e9rito meu, perguntavam como eu tinha conseguido e tal (como se eu n\u00e3o fosse capaz mesmo)<\/em>\u00a0ou ent\u00e3o quando foram me colocar no grupo pra fazer <\/em>PvE e souberam que eu era mulher, falaram que eu n\u00e3o poderia ser a<\/em> healer e tal.. porque eu iria estragar a <\/em>party…“<\/em><\/p>\n
Carolina<\/strong><\/p>\n<\/blockquote>\n
Isso talvez tenha ra\u00edzes l\u00e1 na d\u00e9cada de 80… diabos, isso talvez tenha ra\u00edzes l\u00e1 na divis\u00e3o do trabalho por g\u00eanero do Homo sapiens<\/em> do Paleol\u00edtico! O fato \u00e9 que a infeliz divis\u00e3o cultural entre as “coisas de menina” e as “coisas de menino” acabou, nos idos de 1990, deixando os games como pertencente \u00e0 \u00e1rea deste \u00faltimo. \u00a0A velha equa\u00e7\u00e3o do meninas = bonecas<\/em> e meninos = carrinho<\/em>, como todos sabemos, nunca foi boa pra nenhum dos lados, mas as mulheres sofreram um bocado ao serem consideradas o sexo fr\u00e1gil<\/em> – e nos games n\u00e3o seria diferente. S\u00f3 vermos as propagandas da d\u00e9cada de 90 e constatarmos que o p\u00fablico feminino era praticamente ignorado.<\/p>\n