Cuidado passageiros! Embarcar nessa história pode lhe sugar a vida!
E foi assim que me senti quando finalmente comecei a assistir essa série, que foi recomendada quando ainda estava nos primeiros episódios pelo Yuri nesse post aqui ó (que é bom que você leia antes de continuar).
O primeiro episódio foi o mais frenético, ideal para lhe fisgar. Duvido muito que quem tenha assistido o primeiro não teve curiosidade em continuar e saber mais sobre a trágica história do ex-agente Ryan Hardy.
O desenvolvimento da série foi excelente! Com exceção do Kevin Bacon (Ryan), James Purefoy (Joe Carrol), Maggie Grace (Sarah Fuller) e Shaw Ashmore (Mike Weston), todos os outros atores me eram desconhecidos e me surpreendi com a qualidade do elenco escolhido. O grande destaque deve ir para Valorie Curry, que interpretou a Emma Hill – ela esteve fantástica!
Nos dois primeiros episódios já dá para sentir que nada é o que parece e que não podemos confiar em ninguém. A pessoa mais doce do universo pode ser um assassino a mando do Joe para seguir/pegar/matar você. E isso que mais me cativou: o modo como Joe, preso e aparentemente sem contato com o exterior, conseguiu formar um grupo enorme de seguidores!
E cada novo seguidor que é revelado para nós é um novo segredo, uma motivação bizarra para matar. Mas que fique claro, nem todos são assassinos em série, às vezes são só “malucos”… Mas a forma sedutora que Joe fala com cada um, convencendo-os de que eles tem um papel importante na história e que devem seguir seus ideais pois matar é o real sentido da vida, é algo impressionante. Foi o que me seduziu e me deixou absolutamente viciada na série.
Eu sou fascinada por histórias de assassinos em série, não que eu seja uma ou queira ser um dia, mas ver como uma pessoa naturaliza a violência contra o outro e cria toda uma gama de significados para as loucuras que cometem me deixa encucada – uma curiosidade antropológica, eu diria (risos).
Ah, e o ponto alto para mim: as referências literárias!
Como o mundo seria mais bonito se todo mundo amasse a literatura!!!! Não que precise ser como Joe e subverter poemas e encher seus crimes de significados, alegorias… Mas ver a literatura diluída na trama me deixou apaixonada. Os livros estão em todo lugar. As mortes das mulheres foram a grande história que Joe escreveu. Seu livro pode ter sido um fracasso de crítica, mas sua vida não.
E escrever uma nova história com Ryan sendo o herói, manipular tudo ao redor dele para que ele reaja como o esperado e perturbá-lo, pois ele se sente responsável por todas as mortes que aconteceram, é também uma vingança por ele ter sido um escritor de sucesso contando a história de Joe, e vingança por ele ter se envolvido com Claire.
Nenhum elemento, nenhum personagem é colocado à toa na série. Algumas perdas foram chocantes! Uma delas em especial me deixou muito triste!!! Mas tudo está conectado.
E o último episódio da temporada, o que contei os dias para assistir foi totalmente inacreditável! Quando você espera o final feliz para sempre, chega George Martin e escreve a cena final (risos). Não foi ele que escreveu, mas a agonia é muito semelhante!
Agora nós, órfãos de The Following, teremos que esperar até março de 2014 para saber o que vai acontecer com… ops!
Veja o trailer: