Retroview: Serious Sam: The First Encounter

Faltando pouco mais de um mês (desde o dia em que comecei a escrever este texto) para o lançamento de Serious Sam 3: BFE (possivelmente a sigla de Before First Encounter) resolvi pegar os primeiros jogos da série para saber sobre o que se trata o jogo e minhas impressões sobre ele você encontra aqui embaixo.
Lançado no dia 1° de março de 2001, pela Croteam, Serious Sam: The First Encounter mostra uma trama século 22 na qual a humanidade encontrou rastros de tecnologia deixada por uma civilização anterior aos humanos e pôde se aventurar nos confins do universo. Um dia um vilão chamado Mental, que batalhou contra esse povo ancestral pela Terra, resolve travar uma guerra contra a humanidade pela Terra e, quase perdendo a guerra, ele acha um artefato dessa outra civilização chamado Time Lock, que pode lançar pessoas no passado. Assim resolvem lançar Sam “Serious” Stone, considerado uma lenda por ter enfrentado hordas de monstros de Mental e ter saído vivo, em direção ao antigo Egito para alterar o curso da história e derrotar Mental. Obviamente, Mental não gosta nem um pouco dessa ideia e resolve lançar hordas e mais hordas de seus lacaios para impedi-lo.
O gráfico é belo, com texturas muito bonitas e detalhadas até para quem pegar o jogo agora, mas sofre com um problema de renderização, pois para manter o nível de detalhamento o jogo apenas renderiza completamente o cenário ao redor do personagem, deixando o fundo com uma aparência meio desfocada, o que pode irritar um pouco quem joga. Também vale o destaque para os vários efeitos visuais do jogo, que as vezes quase beiram o realismo (como o céu noturno estrelado ou o sol que lhe ofusca a visão ao olhar para ele).
A jogabilidade se baseia no estilo dos antigos shooters, nos quais você pode carregar um monte de armas, que vão de uma faquinha, duas magnuns, lança-mísseis e até uma espécie de metralhadora de plasma, junto com uma grande, porém limitada, quantidade de munição pra cada arma. Para contrabalancear isso, os inimigos apareceram em quantidades altamente obscenas (um esqueleto de minotauro que ataca jogando grilhões ou homens-bomba sem cabeça, peixes mecânicos gigantes com pernas que têm lança – mísseis no lugar das barbatanas, entre outras maluquices), sem contar que cada um deles pode te matar em segundos, elevando a dificuldade do jogo a níveis absurdos mesmo na mais baixa das dificuldades.
A trilha sonora não marca, mas empolga com músicas que ambientam o jogador no Egito antigo, mas também possui um rock básico nas horas em que você for enfrentar os inimigos.
O jogo não possui um fator replay muito alto apesar de ter um multiplayer (que vive vazio e as poucas salas povoadas possuem um conexão horrível), mas que consegue se manter devido aos segredos às vezes inesperados (que vão de munição e pacotes de vida até um canto e uma armadilha) mas muito bem guardados em cada uma das fases.
Enfim, Serious Sam: TFE é um shooter engraçado que merece ser jogado principalmente se você estiver cansado dessa maré de fps ultramegahiperrealista e fácil que tem saído ultimamente e quiser uma experiência que teste as suas habilidades no teclado.

Visual: 7,3/10
Jogabilidade: 9,0/10
Som: 7,0/10
Replay: 5,5/10
Final: 7,5/10

Curiosidade: O First encounter original pode ser comprado no steam por 45 dólares, mas a “Gold Edition”, que possui os dois episódios, mais o fan-made “Dark Island”, pode ser comprado por aqui por 5 reais. Como a ironia às vezes bate como uma voadora na cara, não?