Final Fantasy foi o jogo que impediu a então Square-soft de desistir do mercado de jogos e nada mais justo que comemorar o aniversário de 20 anos de lançamento do jogo com um remake.
Quem jogou o a versão de nintendinho ou a de PSX sabe a história do jogo, mas pra quem não sabe aqui vai: há dois mil anos atrás, quatro demônios começaram a se alimentar dos quatro cristais que regem o mundo, fazendo com que os ventos parassem de soprar, o mar ficar bravo, a terra apodrecer, o mundo mergulhar em escuridão e vários monstros aparecerem. Com isso, surgiu a profecia de quatro guerreiros intitulados “Os Guerreiros da Luz”, cada um possuindo um cristal, desceriam ao mundo e restauraria o poder dos cristais e trazer a luz de volta ao mundo. Nem preciso dizer que você controla os quatro guerreiros.
O jogo já começa numa tela de seleção de personagens na qual você escolhe o nome e a classe deles, que são divididas em Warrior (cuja evolução é Knight), Monk (Master), Thief (Ninja!) e os Black, White e Red (uma mistura de magia com ataque) Mage (Wizard). Depois disso você é literalmente colocado no meio do mundo do jogo, aonde você tem que falar com o rei do castelo de Corneria e provar ao rei que são os verdadeiros guerreiros ao derrotar um homem chamado Garland e resgatar a princesa sequestrada por ele. É claro que você derrota ele e resgata a mulher, mas, após derrotar Garland, ele se lança no passado e pede aos demônios para que o reviva com a promessa de lançá-los dois mil anos no futuro, criando um loop temporal e que só pode ser revertido se os guerreiros voltarem no tempo e derrotar ele e os quatro monstros.
O visual recebeu uma remodelada, deixando tudo bem detalhado e mostrando a beleza e variedade dos ambientes, monstros e magias, que ganharam uma animação própria cada uma (e são várias magias disponíveis).
A jogabilidade se baseia nos moldes do JRPG, no qual a ação se dá por turnos e somente com as batalhas é que você ganha experiência para subir de nível, o que significa às vezes uma massacrante rotina de grinding para subir de nível e ganhar dinheiro para melhorar o equipamento, enfrentar o chefe da dungeon mais próxima, avançar na história e partir pra mais uma seção de grinding, sem falar no martírio que é enfrentar as random battles.
Outro ponto que deixa o jogo mais fiel à versão de NES, mas que pode ser encarado com certa negatividade pelo jogador mais novo é que não existe um “Super Guide”, fazendo com que o jogador se concentre na leitura por vezes cansativa de textos que mostram um pouco da história dos NPCs e do jogo.
A trilha sonora também recebeu uma renovação, trocando os chiptunes por uma versão instrumental, dando um ar medieval e épico para a aventura, sem falar que cada ambiente possui uma música própria, dando uma grande variedade ao acervo.
O jogo não possui um replay muito grande, já que os únicos extras que o jogo possui são uma galeria de imagens que são destravadas ao zerar o jogo e que só é totalmente liberada se você completar o bestiário do jogo e o grande trunfo do jogo que são as dungeons Soul of Chaos, que são liberadas conforme você derrota os chefes e que são baseadas em dungeons dos FFs III ao IV e com os icônicos chefes e músicas de cada jogo, sendo que uma é mais complexa e difícil que a outra (a última dungeon Whisperwind Cove possui 40 andares cheios de monstros e com um chefe a cada 10 andares).Garantindo um prato cheio para os mais saudosistas.
Se você possui um PSP e é um fã da série ou quer saber o que seu pai jogava durante a infância ou quer simplesmente relembrar os velhos tempos, Final Fantasy é o jogo ideal pra você.
Gráfico: 7,5/10
Som: 8,6/10
Jogabilidade: 6,0/10
Replay: 4,2/10
Nota Final: 9,0/10
P.S: se você quiser ver o mapa do jogo aperte círculo e o select juntos. Isso ajuda muito.
P.S2: reizinho mercenário esse!