Recettear: An Item Shop’s Tale – Análise do jogo

Muita gente acredita que a explosão do cenário independente de produção de jogos começou com Cave Story, um jogo que foi distribuído de graça para Pcs, feito por um japonês em 2003. De lá para cá, os jogos orientais cada vez mais perdem força no ocidente, por serem dirigidos a uma cultura diferente da nossa. Entretanto, existem exceções, como os títulos da desenvolvedora indie EasyGameStation, que conseguiram publicar os seus jogos no Steam, sendo que um dos seus maiores sucesso é o “Recettear: An Item Shop’s Tale”.

Como o próprio nome já diz, o jogo se baseia no gerenciamento de uma loja de itens, o que pode parecer muito chato a primeira vista, porém não é, pois existe um nível de vendedor, que quanto mais você evolui, mas complexo fica aquele sistema, explicando tudo de pouco em pouco e sempre acrescentando coisas novas, como a possibilidade de comprar itens para revenda, aproveitar a falta de determinado item no mercado para aumentar o seu preço, realizar encomendas, entre outras possibilidades que vão aparecendo. A loja tem seus locais de exposição de itens, que você deve considerar na hora de arrumar, pois, por exemplo, os itens da vitrine terão maior visibilidade e interessado neles que algumas pessoas resolverão entrar no estabelecimento. Quando um cliente se interessa por um item, ele vai até o balção te perguntar o preço e ali é preciso ter um certo “jogo de cintura” para colocar uma boa margem de lucro, sem que o cliente fique irritado e desista de comprar.

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Vender itens é a melhor parte do jogo.

Para conseguir o que vender, você tanto pode comprar na guilda dos mercadores, que funciona como um atacadista, ou explorar calabouços (dungeons), que são gerado automaticamente e para realizar esse último, é necessário contratar um mercenário, pois a protagonista não tem habilidades de combate. Nesses momentos de batalha, o jogo se mostra simples até demais, pois embora seja possível contratar outros mercenários durante o jogo, sendo que o jogador que os controla, o design de fases é gerado na hora e por isso tudo parece um pouco genérico demais, com um combate simples de atacar ou usar habilidades especiais, com inimigos que não desafiam o jogador a pensar diferente usando a mesma jogabilidade. Essa simplicidade se torna enjoativa, pois a procura de itens se torna cada vez mais frequente, sendo que algumas vezes pode ser necessário ficar umas duas horas explorando, não tendo como salvar durante esse período. Se você sair antes de pegar bons itens, não vai conseguir a meta de dinheiro da semana, sendo que punição para isso é perder todos os seus itens e os períodos de tempo dentro de jogo, já que o jogador tem que gerenciar o tempo que é gasto em cada atividade, como a venda de itens, que pode ocupar uma tarde e os calabouços que ocupam o período da manhã e uma tarde (nesse caso é o tempo do jogo e não o real).

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Combate simples e não muito bem polido.

O design de inimigos é uma verdadeira bagunça, com adversários estilo anime no mesmo cenário que uma estátua realista de soldado romano com tamanho menor do que deveria. Outros inimigos parecem ter uma aparência feita de qualquer jeito, como uma minhoca com tentáculos pelo corpo, como se os caras tivessem aberto um programa tipo o Blender e feito aquilo em 5 minutos.

Se o enredo fosse bom, talvez os outros problemas poderiam ser desconsiderados, mas não é esse o caso. A trama é sobre a garota Recette, típica personagem bonitinha genérica japonesa que abre essa loja para pagar a divida de seu pai e outros personagens igualmente genéricos vão aparecendo em uma história que não tem atrativo nenhum.

A parte de vender itens é satisfatória e diferente, mas “Recettear: An Item Shop’s Tale” não compensa a falta de polimento nos outros aspectos.

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