Você sabe o que é pin-up? Alguma das ilustrações que usamos aqui no nosso site e em algumas áreas da redes sociais? Mais do que uma simples ilustração, pin-up se tornou ara muitas mulheres, um estilo de ser.
No final do século 19, um enorme boom artístico impulsionou o teatro vivia o seu auge e transformava dançarinas em estrelas, fotografadas para revistas, anúncios, cartões e maços de cigarros. Com isso, Alfons Maria Mucha (Ivancice, 24 de julho de 1860 — Praga, 14 de julho de 1939) ilustrador e designer gráfico checo e um dos principais expoentes do movimento Art Nouveau veio se consagrando juntamente com outros artistas da época. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão os cartazes para os espetáculos de Sarah Bernhardt realizados na França de 1894 a 1900 e uma série chamada Épicos Eslavos entre 1912 e 1930 e que também muito inspirariam as pin-ups. Isso por que, a premissa de Mucha, apesar de todos os elementos em suas artes, mostrava a beleza das mulheres de forma única.
Mas foi somente na década de 40 que começaram a dominar não apenas a imaginação dos homens, como também as portas dos armários e as paredes dos quartos de milhares de admiradores dessa nova onda de “sexualidade permitida”.
Foi justamente esta a origem do nome pin-up: o ato de pendurar as ilustrações em algum lugar.
Na Segunda Guerra Mundial eram carinhosamente chamadas de “a arma secreta”, usadas para acalmar os anseios dos pracinhas nas frentes de batalha. Numa época em que mostrar as pernas era atitude subversiva, fotografias de mulheres nuas poderiam significar atentado ao pudor.
O jeito de satisfazer a solidão dos soldados e a curiosidade dos adolescentes era fabricar modelos de lápis e tinta, que reproduziam o padrão de beleza considerado ideal: seios fartos, pernas grossas, cinturinha de pilão. Acabaram se tornando uma espécie de troféu pela guerra vencida.
Depois, com os avanços do cinema o termo pin-up acabaria se difundindo e transformando, passo a passo, no que viria a ser em nossos dias, a grande indústria do sexo.
De desenho para a Realidade
Desenhadas ou fotografadas, as garotas invadiram o planeta com suas poses sensuais, porém, sem vulgaridade. Com formas generosas, elas não enfrentavam as pressões da magreza nem a conseqüente anorexia. Elegantes, elas ocupavam seus espaços numa linha entre o ingênuo e o diabólico, trajando duas peças, meias-calça e corpetes com decotes enormes.
O conceito clássico de uma pin-up é ser sexy mesmo que ainda seja inocente, estar vestida, mas em alguma posição ou situação que revele sensualmente partes do corpo, sem querer, meio que por acaso. Só isso já era, e continua sendo o suficiente para alimentar a fantasia masculina. Uma verdadeira pin-up jamais pode ser vulgar ou oferecida, pode somente ser convidativa. Hoje a idéia já muda um pouco, e o inocente deu lugar à atitude, embora o vulgar seja desclassificatório para as peças. Pode-se ser ousada, sexy e com atitude, mas sem vulgaridade.
Nos anos 70, com a banalização do nu em revistas e filmes pornográficos, as meninas de papel perderam força. Foram substituídas por mulheres de carne e osso. Mas desde o final da década de 90, as pin-ups voltaram a mexer com a libido masculina por resgatarem um importante elemento do fetiche: o mistério.
Musas de várias gerações, as pin-ups ainda hoje são cultuadas por adoradores do estilo além, é claro, de serem muitas vezes imitadas, afinal, são sempre uma ótima referência no mundo da moda, no cinema, nos traços, nos trejeitos e em tudo que diz respeito à sensualidade
A musa loura (Marylin Monroe) perdia em popularidade para a ruiva Rita Hayworth, a número dois na lista da preferência dos soldados da Segunda Guerra. Uma foto da eterna Gilda vestida com camisola transparente foi transformada em desenho e invadiu os acampamentos.
Nem Marilyn nem Hayworth conseguiram desbancar a lendária Betty Grable, a mulher que colocou suas pernas no seguro no valor de US$ 1 milhão. Ela foi a pin-up mais famosa da história posando de maiô com um sorriso convidativo, transformou-se na amante imaginária predileta dos soldados. Betty também foi atriz e chegou a protagonizar, em 1944, um filme chamado Pin-up Girl, na qual interpretava uma dançarina.
O sucesso dos cartões e calendários estimulou editores a lançar revistas especializadas, as chamadas girlie magazines. Publicações como Esquire, Yank, Wink, Beauty Parade, Whisper e Eyful exibiam pin-ups vestidas de coristas, marinheiras, enfermeiras e outros uniformes-fetiches, sejam desenhadas ou fotografadas. Embora as mais célebres sejam as garotas de papel, alguns fotógrafos dispensavam os retoques da pintura e publicavam suas pin-ups em carne e osso.
O gênero também deu origem a vários artistas especializados, tais como Gil Elvgren, Alberto Vargas, George Petty e Art Frahm e Charles Dana Gibson.
A expressão “cheesecake” é sinônimo de “foto pin-up”. O mais antigo uso documentado neste sentido é de 1934, antecipando-se a “pin-up”, embora anedotas afirmem que a expressão estava em uso na gíria pelo menos 20 anos antes, originalmente na frase (dita sobre uma bela mulher) “better than cheesecake” (algo como um verdadeiro pitéu).
Hoje em dia, homens também podem ser considerados “pin ups” e existem equivalentes masculinos de modelos e atores atraentes como Brad Pitt. O termo equivalente, nesta acepção, é “beefcake” (algo como bofe, em gíria brasileira).
Em anos recentes, ilustradores (a saber, Rion Vernon), têm explorado pin-ups de modo mais radical. Vernon, criador do termo “pinup toons”, fundiu a clássica garota pin-up com os elementos da HQ e cartoon.
E assim sendo elas podem ser vistas, como a ruiva “para tudo”, Jessica Rabbit e Betty Boop dos cartoons ou como a Sally de Watchman e por todo esse histórico, é que escolhemos as pinups como parte do site, muito por personalidade.
Os Estilos – O Jeito Pin-Up de ser
Em HQs, uma pin-up é simplesmente uma arte que ocupa uma página inteira, costumeiramente sem diálogo, que exibe um personagem ou grupo de personagens, ou um acontecimento significativo, publicado numa edição regular ou especial e que não foi pensada para tornar-se um pôster.
Em publicações profissionais para fãs de filmes e séries de televisão, uma pin-up pode representar uma fotografia posada dos atores ou atrizes do assunto em pauta, mas pode também exibir cenas específicas especialmente fotografadas para fins de divulgação (os chamados stills).
O Rockabilly, estilo musical americano dos anos 50 também adotou o modo fashion pin-up para seus fãs.
Hoje em dia, e principalmente com a internet, o estilo tem ganhado fãs. Roupas, colares, cabelos coloridos, unhas vermelhas, laços na cabeça, batom arrojado e muito mais. Bijuterias, bolsas ecessórios vem ganhando destaque e muitos blogs ensinam estilos de maquiagem e vestimenta.
Abaixo, algumas idéias de novas pin-ups e make para você se inspirar
Sites legais http://www.pinuptoons.com/ e http://www.thepinupfiles.com/
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Espero que tenham curtido, e claro deixe sua opinião. Você adotaria o estilo? Gostaria que sua namorada, namorado adotasse? Já tirou uma foto nesse estilo? Conte-nos.