Quando a Valve anunciou ano passado que estaria se aventurando no mercado de jogos na sala de estar, muita gente entrou em frenesi, o que é bem justo, dado a sua boa fama com a internet. Mas, na Consumer Electronic Show 2013, que está acontecendo (ou já aconteceu, dependendo de quando você estiver lendo isso aqui) em Las Vegas, a Valve revelou que o Steam Box na verdade não é um console, mas uma marca.
O Steam Box é uma iniciativa da Valve pra tirar a jogatina do conforto do computador e levá-lo pra qualquer lugar com computadores portáteis cujo desenvolvimento será focado nos jogos, no Steam e, principalmente, no seu modo Big Picture.
Temos, inicialmente, o Piston, a versão “pc na tv” feita em parceria com a Xi3 computadores, uma empresa especializada em fazer computadores superpoderosos e que cabem na palma da mão (pra ter uma ideia, é possível rodar Crysis no máximo nele). As especificações internas ainda são desconhecidas, tirando o fato de que ele virá com um chip quad-core e permitirá a troca de componentes internos para atualizar a máquina. Ele também virá com porta de rede, entrada e saída de áudio, quatro portas USB 3.0, quatro 2.0, sendo uma para o teclado, quatro portas eSATAp para o complemento de espaço de armazenamento, duas portas Mini Display e uma porta hdmi. Ele não possui ainda um preço definido, mas, segundo estimativas, ele vai custar U$ 999, o que é meio caro pra algo voltado exclusivamente para jogos e para quem já tem um computador médio ou bom.
E tem a versão da casa, que está sendo desenvolvida pela própria Valve e que também não se sabe muito sobre ele, só que ele vai vir com o Linux instalado, mas quem quiser pode colocar o Windows nele, a possibilidade de mudar os componentes internos da máquina, mas não vai vir com sensores de movimento. Ela também falou que vai estimular o usuário a criar lojas próprias tematizadas (os melhores jogos do ano, os mais emocionantes, os mais dignos de jogar no lixo etc.) e que o negócio também vai ser um servidor, permitindo jogatinas em lan com até 8 computadores conectados em uma mesma máquina sem ocorrer queda de desempenho.
Eu, pessoalmente, não acho que o Steam Box vá ter todo esse sucesso porque, pra quem tem um bom computador ou um pc médio e um videogame, ele parece meio inútil já que ele é basicamente um pc na tv, algo que pode ser facilmente feito com um cabo vga (ou HDMI) e uma tv com a mesma entrada, recurso facilmente disponível nas TVs atuais. O que eu acho é que a Valve não achou mais um jeito de conseguir mais grana com os pcs convencionais depois de revolucionar tanto, que ela decidiu se aventurar em uma área ainda inexplorada, que são o que eu chamo de “ Mini consoles” ou “Smart consoles”, que são consoles portáteis, que tem potência menor ou semelhante aos consoles de mesa atuais, como o Ouya (e o GameStick, o seu parente menor ainda), o tablet Razr Edge e o Project Shield, da Nvidia. Então basicamente, ela está apostando e vendo o que é que vai dar com essa aposta.
E você, o que você acha do Steam Box? Sucesso absoluto, revolução inesperada, ou apenas uma comodidade? Responda aí nos comentários.