Se você é novato nesse navio, lhe recomendo a leitura de nossa série sobre Zumbologia (parte 1, parte 2, parte 3), feita pelo Yuri.
O filme que nomeia esse post, produzido e estrelado por Brad Pitt, foi adaptado de uma obra literária. Pois é. Ela está na minha lista de espera faz um tempo, mas vou acabar passando ela na frente de várias outras sobre zumbis para poder comparar.
Com estreia mundial no dia 28 de junho de 2013 e dirigido por Marc Foster, Guerra Mundial Z mostra o mundo no começo de uma epidemia de raiva, ou pelo menos era isso que achavam, até o governo da Coreia do Sul nomeá-los de zumbis.
Zumbi. Imagine se amanhã, em vez de noticiar o golpe militar no Egito, o nascimento do bebê real ou as manifestações de rua que ainda acontecem pelo Brasil, os noticiários mostrassem pessoas comendo umas às outras, sem sinal de consciência, dominados por um instinto assassino… você também associaria essas criaturas à zumbis? Eu sim.
Apesar de Vladimir Putin afirmar que está fabricando uma arma para transformar as pessoas em zumbis, isso ainda nos é distante – se é que é real.
O desespero inicial é comum a toda narrativa que envolve zumbis. Correria, gritos, sangue para todo lado. Parece que depois as pessoas começam a pensar e procurar uma origem, uma cura ou uma forma de eliminar o problema de uma vez por todas.
Falei em sangue para todo lado não foi? O filme nem é tão sangrento assim, pois como eu disse acima, o foco da coisa é a procura pelo fim da epidemia.
Dos filmes sobre zumbis que tenho assistido desde antes da hype de The Walking Dead, esse foi um dos mais “sérios”, apesar de deixar a desejar em alguns pontos do roteiro.
Alguns dos filmes galhofa que assisti foram Zumbilandia (2009), Todo mundo quase morto (2004) e Madrugada dos mortos (2004), dos quais o primeiro foi sem dúvida melhor. Todos esses mostram o desespero, a contaminação e como é importante ter loja de armas por perto, e especialmente que supermercados e shoppings podem ser muito perigosos, mas nada além disso. Diversão com mortos-vivos “lerdos” e bastante sangue, tiros e gritos para a nossa alegria.
Como eu disse, apesar do roteiro mexer com questões um pouco mais profundas, me deixou desgostosa, por exemplo, com o furo que aconteceu dentro de Jerusalém, se conseguiram se prevenir, como deixaram aquela idiotice acontecer? Ou ainda com o desfecho típico de contos de fadas: e foram felizes para sempre. Mais do que isso não vou revelar.
E quase me esqueço de falar das atuações. Gostei muito das três crianças, Sterling Jerins como Constance Lane, Abigail Hargrove como Rachel Lane (as filhas do protagonista) e Fabrizio Zacharee Guido como Tomas. Acho que o desespero deles ajudou a dar o tom do que estava acontecendo, e é impossível não se preocupar com essas crianças. Brad Pitt como Gerry Lane foi muito bem, a cena dele “divando” entre os zumbis foi espetacular (risos) e tá ficando um coroa enxuto (ainda bem!). Já sua esposa, Karin Lane, interpretada por Mireille Enos, não me disse nada demais. Cuidou das crianças e segurou uma barra, tenho noção disso, mas acho que ela podia ter feito algo mais marcante.
As cenas de ação são bem interessantes e só. Não vi nada de terror, como estava indicado em alguns sites, mas o suspense, que não dura muito, também é bom – lembro de ter apertado o braço do namorado algumas vezes de tensão que me deu.
No geral é um bom filme, mas não lancem suas expectativas para o infinito e além porque ainda estou a espera de um ótimo filme de zumbis.